Centro Espírita Educandário de Luz

Centro Espírita Educandário de Luz

O Educandário foi criado para unir corações que se amam em Jesus; é uma árvore maravilhosa, cuja raiz encontra-se no mais alto. É um lugar que podemos buscar de coração aberto; Amor é o nome dessa árvore inefável e os seus frutos deliciosos chamam-se humildade. Somente a humildade e o amor colocam-nos no caminho de Jesus. Aqui aprendemos a crescer em amor, só ele nos leva a Deus.








12/03/2012

Nossa História


No ano de 1992, um grupo de estudantes da escola de aprendizes do evangelho, numa caravana de evangelização infantil em uma favela sentiu a dificuldade de não ter um espaço para se preparar adequadamente para essa tarefa e foi assim que Marcos, Rita, Bernival e Isabel decidiram alugar com recursos próprios, uma sala de onde pudessem partir para as obras de caridade a que se propuseram.

05/03/2012

Alcoolismo e Obsessão

O alcoolismo é um dos maiores inimigos da criatura humana. É de lamentar-se que o seu uso seja tão generalizado e, infelizmente, haja adquirido status na sociedade. As reuniões, as celebrações e festividades outras, sempre se fazem acompanhar de bebidas alcoólicas, responsáveis por incontáveis danos ao organismo humano, à sociedade. Acidentes terríveis, agressões absurdas, atitudes ignóbeis decorrem do seu uso, além dos vários prejuízos orgânicos, emocionais e mentais que acarretam.
Verdadeiras legiões de vítimas se movimentam pelas avenidas do mundo, como enxameiam nos campos, permanecem nos tugúrios da miséria ou nas celas sombrias dos cárceres e dos hospitais, apresentando o triste espectáculo da decadência humana. Milhões de lares sofrem os infelizes lances da sua crueldade.
No inquietante momento em que o uso das drogas é responsabilizado pela vigência de inumeráveis crimes hediondos, e se levantam muitas vozes em protesto, buscando encontrar as causas sociológicas, psicológicas e outras, para explicar a avalanche sempre crescente e assustadora de viciados, urge que se estudem também os problemas do alcoolismo e suas consequências, não menos alarmantes.
O alcoolismo, ou a dependência do uso exagerado de bebidas alcoólicas, constitui-se um grave problema médico, em face dos danos que causa ao organismo do indivíduo e ao grupo social no qual este se movimenta.
sua gravidade pode ser considerada pelo número dos internados em hospitais psiquiátricos com desequilíbrios expressivos. As recidivas, após o cuidadoso tratamento, são numerosas, não se considerando que as suas vítimas ultrapassam em grande número as outras toxicomanias.
Na antiguidade, o uso de bebidas alcoólicas tornou-se comum e quase elegante, caracterizando uma forma ou de fuga ante os desafios. Acreditava-se, no passado, que o álcool e seus derivados diminuíam as angústias e tensões, posteriormente se afirmando ou se justificando possuírem propriedades fisiológicas, produzindo estímulo e vigor orgânicos.
O alcoolismo decorre de muitos factores, entre os quais a personalidade e a tolerância do organismo do paciente, variando com a idade, o sexo, hereditariedade, hábitos e costumes, constituição e disposição orgânica.
Pode ser resultado de causas ocasionais, secundárias, psicopáticas e conflituosidade neurótica.
Experiências ocasionais, uso após problemas de natureza orgânica e mental – como na epilepsia, na arteriosclerose cerebral -, compulsão pela hereditariedade e o condicionamento após o hábito, resultando na conflituosidade neurótica.
No começo, o indivíduo pode experimentar euforia, dinamismo motor, porém vai perdendo o controle, o senso crítico, tornando-se inconveniente. Com o tempo, surgem outros distúrbios orgânicos, tais as náuseas, os vómitos, a incontinência urinária e, por fim, o sono comatoso, no estado mais avançado.
À medida que a dependência aumenta e o uso se faz mais frequente, a bebida alcoólica afecta o sistema nervoso, o trato digestivo, o aparelho cardiovascular. As complicações que degeneram em gastrite e cirrose hepática são inevitáveis, levando à morte, qual sucede no câncer do esófago e do estômago. Do ponto de vista psíquico, o alcoólatra muda completamente o comportamento, e suas reacções mentais são alteradas, a começar pelos prejuízos de memória, a culminar no delirium tremens, sem retorno ao equilíbrio…
O alcoolismo (alcoolofilia) é, portanto, uma enfermidade que exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. No entanto, porque ao desencarnar o alcoólatra não morre, permanecendo vitimado pelos vícios, quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis ou temperamentos rudes, violentos, na Terra, deles se utilizando em processo obsessivo para dar prosseguimento ao infame consumo de álcool, agora aspirando-lhe os vapores e beneficiando-se da ingestão realizada pelo seu parceiro-vítima, que mais rapidamente se exaure. Torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida convenientemente, considerando-se a perfeita identificação de interesses e prazeres entre o hóspede e o seu anfitrião.



Fonte:

Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda
(Médico; Escritor; Conferencista. – Brasil: 1876-1942)

A vida e o aborto na visão espírita



Viver é a “aptidão de existir”. 

Podemos dizer que há dois “tipos” de vida, a carnal e a espiritual. A vida espiritual surge antes no nascimento, obra divina que nenhum humano pode criar, repetir ou modificar. Somente Deus sabe como e quando criou cada um dos Espíritos que existem e somente Ele sabe o que é necessário para que estes espíritos evoluam até a perfeição. Já na vida material, embora o corpo físico também seja obra de Deus, existe uma contribuição direta nossa, pois o templo de carne onde residimos durante a encarnação é gerado pelas vias naturais do sexo e da concepção. 

Atenhamo-nos, à vida material, ou carnal, se preferirem falar assim. 

Todos os espíritos precisam encarnar e reencarnar até aperfeiçoarem-se, pois esse é o processo que leva à completa evolução. Podemos comparar as incontáveis encarnações com os diversos anos vividos nos bancos escolares, onde cada aluno (ou, comparativamente, a alma = espírito encarnado) aprende o que aquele ano letivo (ou encarnação) tem a ensinar. Mesmo os alunos relapsos, os repetentes, rebeldes, não saem da escola nem da vida carnal, sem absorver alguma nova experiência, capacidade, conhecimento.

É necessário nascer para evoluir, assim como é necessário estudar para vir a ser Doutor algum dia – essa é a lei. 

Esclarecido isso, como fica a questão do aborto? 

Dissemos que a encarnação é necessária, pois sem ela não progredimos, não expiamos erros do passado, não corrigimos enganos gerados por antigas imperfeições morais, não provamos que evoluímos. Ser impedido de nascer, portanto, é causa de grande dor ao espírito reencarnante, dor tanto mais cruel por ser causada através da decisão e ato de alguém que já esteve na condição de espírito e recebeu dos que o conceberam, a sua própria oportunidade de nascer.

O aborto, sob a ótica das leis naturais, divinas, é crime que viola compromissos assumidos entre o reencarnante e os futuros pais, os quais se ajustam para gerar o corpo que aquele receberá, de modo que passe por experiências diversas as quais possibilitam o estreitamento dos laços já existentes de amor, ou, ainda, que os crie, pois é por meio da convivência que desafetos do passado aprendem o perdão mútuo e o respeito, até que a confiança e o amor desabrochem em seus corações. 

Entendemos que muitos tenham justificativas aparentemente plausíveis para cometer o aborto, mas antes de tudo devem questionar-se se não é o egoísmo que fundamenta essa decisão. Quantos abortos são cometidos porque houve imprudência no ato sexual; porque a condição financeira não é suficiente (será algum dia?); porque houve desejo, mas não há amor; porque não se deseja modificar o corpo ou ter a responsabilidade de cuidar de uma criança? 

Segundo a Doutrina Espírita, apenas em situação de provável perda da vida da mãe, o aborto se justificaria perante a lei de Deus, pois então seria sacrificado o ser que ainda não concluiu o processo de encarnação invés de perder uma que está em plena atividade (vide questões 357 a 360 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec). 

Mesmo em caso de violência sexual, para a qual até alguns espíritas estranhamente apoiam o aborto, esse ato é completamente questionável. Sabemos da programação preencarnatória, conhecemos a lei de ação e reação, temos consciência de que não existe acaso ou azar. Se não houver condições morais de aceitar a maternidade, seria tão impossível suportar apenas nove meses de uma gestação para doar aquele ser que anseia apenas o colo e o calor de um amor maternal? Há mães de braços vazios, esperando seu filho surgir de algum recanto escondido. 

Não ao aborto. Sim à vida, ao gesto de amor.

Abraços repletos de vida!
Vania Mugnato de Vasconcelos

04/03/2012

Biografia de André Luiz

"Quero trabalhar e conhecer a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procurarei a prodigiosa luz da fraternidade através do serviço às criaturas, olvidando o próprio nome que deixo para trás por amor a Deus e a elas. Revisto-me transitoriamente de outra personagem para melhor ensinar e amparar. Sou André Luiz."
 
 
O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.
Portas até então cerradas se abrem de par em par, revelando vida e trabalho, continuidade e justiça onde imperavam dúvidas e suposições.
Todos querem saber mais sobre o autor.
André Luiz não é o seu verdadeiro nome.
Dele sabe-se apenas que foi médico sanitarista, no século iniciante, e que exerceu sua profissão no Rio de Janeiro, Brasil. Segundo suas próprias palavras, optou pelo anonimato, quando da decisão de enviar notícias do além-túmulo, por compreender que "a existência humana apresenta grande maioria de vasos frágeis, que não podem conter ainda toda a verdade".
Declara Emmanuel, no prefácio de "Nosso Lar", que ele, "por trazer valiosas impressões aos companheiros do mundo, necessitou despojar-se de todas as convenções, inclusive a do próprio nome, para não ferir corações amados, envolvidos ainda nos velhos mantos da ilusão."
Imensa curiosidade cerca a personalidade do benfeitor e aventam-se hipóteses, sem que se chegue à sua real identidade.
André Luiz, no entanto, fiel ao desejo de servir sem láureas, e atento ao compromisso com a verdade, prossegue derramando bênçãos em forma de livros, sem curvar-se à curiosidade geral.
Importa o que tem a dizer, de espírito à espírito.
A vaidade do nome ou sagrações passadas já não encontram eco em seu coração lúcido e enobrecido.
André Luiz foi, positivamente, dentre todos os Benfeitores que escreveram aos encarnados o que manteve fidelidade maior aos postulados espíritas, notadamente à Allan Kardec. O seu trabalho, no que concerne à forma e ao fundo, notabiliza-se em tudo pelo respeito e lealdade mantidos, ao longo do tempo, ao Codificador e à Codificação.
Por mais de quatro décadas, André Luiz trabalhou ativamente junto a Seara Espírita, lhe exornando a excelência e clarificando caminhos.
Chico Xavier, o médium que serviu de "ponte", hoje desencarnado, não pode mais oferecer mão segura à transmissão de seus ensinamentos luminosos.
Não sabemos se André Luiz retornará pela mão de outro médium.
Deste modo, resta apenas, aos espíritas e admiradores, o estudo de sua obra magnífica, calando interrogações para ater-se às lições ministradas, de mente despojada e coração agradecido.
Como ele, certamente, aguarda seja feito. (©Lori Marli dos Santos - Instituto André Luiz. Todos os direitos autorais reservados conforme Lei 9.610, de 19.02.98)
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O HOMEM - André Luiz traça de si mesmo um perfil comum, previsível, sem nuances ou grandezas espirituais. Logo nas primeiras páginas de "Nosso Lar", diz, referindo-se à sua personalidade de então: "Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção do tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência. Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuí um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa bênção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade."
O APRENDIZ - É possível acompanhar esta personalidade em André Luiz por quase todo primeiro volume da série "Nosso Lar". No Umbral, irrita-se com a pecha de suicida e tenta reunir forças para esmurrar os agressores, sem sucesso; já em Nosso Lar, ainda frágil, ofende-se com as verdades que o médico espiritual lhe declara, analisando seu desencarne prematuro; recuperado, quer trabalhar, ansiando pelo velho cargo de médico, sem cogitar de suas reais possibilidades no campo da medicina espiritual; junto à mãezinha, queixa-se choroso de suas dores e dificuldades, infantilizando-se; nas Câmeras de Retificação, como homem comum e de passado vicioso, é levado a encarar, face a face, a mulher que infelicitou um dia, na juventude distante; fiel e apegado egoisticamente à esposa deixada na Terra, se abstrai de partilhar momentos de lazer e amizade com o elemento feminino, deixando de acompanhar Lísias e demais amigas ao Campo da Música.
É só a pouco e pouco que André se conscientiza de sua nova posição e responsabilidades. Chora com freqüência, ouvindo verdades que não toleraria na Terra, ali orgulhoso e arrogante; aprende humildade a duros golpes; observa, ouve, pergunta, medita...
Assim o vemos crescendo com as dificuldades e superando desafios, no intuito sincero de se aprimorar. Auxilia Elisa, a jovem infelicitada, serve aos doentes das Câmaras de Retificação com redobrado carinho, sendo-lhes, não o médico, mas o irmão dedicado e vigilante; aceita as recomendações de Genésio e de sua mãe, vigiando pensamentos e sentimentos inferiores, para aprender a calar queixas e mágoas improcedentes; e, finalmente, buscando a integração perfeita com o clima harmonioso e elevado de Nosso Lar, através do trabalho e da renovação íntima, recebe a ansiada autorização para retornar ao lar terrestre, o qual não mais pudera visitar.
O NOVO HOMEM - Sentindo-se qual criança, na companhia dos Mentores que lhe patrocinaram o regresso à casa, não contém em si a alegria e o júbilo de retornar aos seus. Adentra a antiga morada, estranhando a decoração e dando por falta de detalhes, como um gracioso retrato da família que adornava a entrada, embelezando-a singularmente. Ainda assim, feliz e exultante, corre ao encontro de Zélia, sua amada esposa, gritando-lhe sua saudade e seu amor, mas ela não o ouve. Desapontado, abraça-se à ela, mas em vão: Zélia parece completamente indiferente ao seu carinho e ao seu abraço.
Então, ouvindo-a conversar com alguém, descobre-lhe o segundo casamento: "Mas doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh, não suportaria uma segunda viuvez."
André Luiz descreve assim sua decepção e seu sofrimento: "Um corisco não me fulminaria com tamanha violência. Outro homem se apossara de meu lar. A esposa me esquecera. A casa não mais me pertencia. Valia a pena ter esperado tanto para colher semelhantes desilusões?"
E prossegue, recordando os duros momentos de sua volta ao lar terreno: "Corri ao meu quarto, verificando que outro mobiliário existia na alcova espaçosa. No leito estava um homem de idade madura, evidenciando melindroso estado de saúde... De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças, mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos... Assentei-me decepcionado e acabrunhado, vendo Zélia entrar no aposento e dele sair, acariciando o enfermo com a ternura que me coubera noutros tempos... Minha casa pareceu-me, então, um patrimônio que os ladrões e os vermes haviam transformado. Nem haveres, nem títulos, nem afetos! Somente uma filha ali estava de sentinela ao meu velho e sincero amor."
À tardinha do dia seguinte, André recebe a visita de Clarêncio, que, percebendo seu abatimento, lhe diz: "Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima oportunidade deste testemunho... Apenas não posso esquecer que aquela recomendação de Jesus para que amemos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, opera sempre, quando seguida, verdadeiros milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos."
André pondera o alcance das palavras de Clarêncio e, sentindo-se realmente renovado, um outro homem, a quem o Senhor havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e do perdão, reflete com mais serenidade: "Afinal de contas, por que condenar o procedimento de Zélia? E se fosse eu o viúvo na Terra? Teria, acaso, suportado a prolongada solidão? Não teria recorrido a mil pretextos para justificar novo consórcio? E o pobre enfermo? Por que odiá-lo? Não era também meu irmão na Casa de Nosso Pai? Precisava era, pois, lutar contra o egoísmo feroz..."
De imediato, procura auxiliar a Ernesto, o novo esposo de Zélia, mas sente-se enfraquecido, debilitado, compreendendo então o valor do amor e da amizade, alimentos confortadores absorvidos em Nosso Lar.
Em prece, clama o auxílio de Narcisa, sua grande amiga das Câmaras de Retificação. Juntos dirigem-se à Natureza exuberante, dali retirando os elementos curativos à enfermidade do doente.
Recuperado o enfermo, e restituindo a alegria à antiga morada, André Luiz retorna a Nosso Lar, sentindo-se jubiloso e renovado. Mas ao chegar, imensa surpresa o aguarda: Clarêncio, em companhia de dezenas de amigos, vêm ao seu encontro, saudando-o, generosos e acolhedores. O bondoso velhinho se adianta,e, estendendo-lhe a mão, diz, comovido:
"Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de Nosso Lar."
O MENSAGEIRO - Imensa transformação opera-se no íntimo de André. "Compelido a destruir meus castelos de exclusivismo injusto, senti que outro amor se instalava em minhalma", diz. Volta a freqüentar o ninho doméstico, não mais como senhor, mas como alguém "que ama o trabalho da oficina que a vida lhe designou"; auxilia a Zélia, o quanto está em suas forças, ampara os filhos e evita encarar o segundo marido como o intruso que lhe roubou o amor da companheira do mundo.
Alegre esperança se lhe desenha no espírito, mas sente-se vazio, de alguma forma, entediado. Compreendendo-lhe a transformação, diz-lhe Narcisa: "André, meu amigo, você vem fazendo a renovação mental. Em tais períodos, extremas dificuldades espirituais nos assaltam o coração... Sei que você experimenta intraduzível alegria ao contato da harmonia universal, após o abandono de suas criações caprichosas, mas reconheço que, ao lado das rosas de júbilo, defrontando os novos caminhos que se descerram para sua esperança, há espinhos de tédio nas margens das velhas estradas inferiores que você vai deixando para trás. Seu coração é uma taça iluminada aos raios do alvorecer divino, mas vazia dos sentimentos do mundo que a encheram por séculos consecutivos."
"Não poderia, eu mesmo, formular tão exata definição do meu estado espiritual", comove-se André Luiz. E conhecendo-o bem, seu temperamento agitado, Narcisa sugere, com felicidade: "Creio deve você aproveitar os novos cursos de serviço, instalados no Ministério da Comunicação. Muitos companheiros nossos habilitaram-se a prestar concurso na Terra, nos campos visíveis e invisíveis ao homem, acompanhados, todos eles, por nobres instrutores. Poderia você conhecer experiências novas, aprender muito e cooperar com excelente ação individual. Por que não tenta?"
André sente-se então dominado por esperanças diferentes, relativamente às suas tarefas, conforme afirma. Levado por Tobias até a residência de Aniceto, entidade que se ligaria fundamente à sua vida espiritual, mantêm com ele fraterno diálogo, cientificando-se do trabalho e das novas responsabilidades porvindouras.
André aceita, jubiloso, a nova e fascinante etapa existencial. E diz: "Misteriosa alegria dominava-me todo, sublimada esperança iluminava-me os sentimentos. Aquele desejo ardente de colaborar em benefício dos outros, que Narcisa me acendera no íntimo, parecia encher, agora, a taça vazia do meu coração.
Trabalharia sim. Conheceria a satisfação dos cooperadores anônimos da felicidade alheia. Procuraria a prodigiosa luz da fraternidade, através do serviço às criaturas."
E olvidando o próprio nome, que deixa para trás por amor à Deus e as criaturas, reveste-se transitoriamente de outra personagem, para melhor ensinar e amparar.
Surge André Luiz.
SUA OBRA: NOSSO LAR, OS MENSAGEIROS, MISSIONÁRIOS DA LUZ, OBREIROS DA VIDA ETERNA, NO MUNDO MAIOR, AÇÃO E REAÇÃO, LIBERTAÇÃO, ENTRE A TERRA E O CÉU, NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE, MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, CONDUTA ESPÍRITA, SEXO E DESTINO, DESOBSESSÃO, E A VIDA CONTINUA, AGENDA CRISTÃ, SOL NAS ALMAS, SINAL VERDE, ENDEREÇOS DE PAZ, OPINIÃO ESPÍRITA, ESTUDE E VIVA (estes dois últimos com Emmanuel).
Muitos outros livros ainda compõem este acervo, além de centenas de mensagens distribuídas nos inúmeros livros de Chico Xavier.
BIOGRAFIA EXCLUSIVA DO SITE ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ
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