Centro Espírita Educandário de Luz

Centro Espírita Educandário de Luz

O Educandário foi criado para unir corações que se amam em Jesus; é uma árvore maravilhosa, cuja raiz encontra-se no mais alto. É um lugar que podemos buscar de coração aberto; Amor é o nome dessa árvore inefável e os seus frutos deliciosos chamam-se humildade. Somente a humildade e o amor colocam-nos no caminho de Jesus. Aqui aprendemos a crescer em amor, só ele nos leva a Deus.








22/05/2011

"A Doutrina Espírita e o desafio da Reforma Íntima"

A Doutrina Espírita tem como meta principal a moralização do homem. Sem isso não haverá paz espiritual, conquistada apenas quando a consciência não acusa mais dívidas para com as leis de Deus e para com o próximo.

Muitos chamam a Reforma Íntima de desafio, outros tantos acham que ela acontece de modo natural, progressivo e sem esforço, outros ainda se limitam a dizer que não apreciam nem o nome sugestivo que ela possui. Isso ocorre possivelmente porque não entendem a necessidade do processo de modificação moral, acreditando que tudo que passa pelo empenho transformador é complexo e até beira o impossível.

Recentemente um amigo de outra religião afirmou que a salvação só ocorre pela aceitação de Jesus como Salvador e pelo entendimento  de que a Bíblia é a palavra direta de Deus. Disse também que é impossível que deixemos de ter “pecados” por isso, segundo ele, a salvação ocorre sem que haja transformação, pois necessita apenas de crença. Respeitamos, mas o pensamento espírita difere disso amplamente.

O Espiritismo compreende que a salvação ocorre através da renovação moral, da sublimação dos valores espirituais, da modificação das imperfeições em virtudes. Nesse sentido é a Reforma Íntima um processo passo a passo na direção do sucesso da alma.

Para entender o objetivo da Reforma Íntima basta fazer uma simples comparação de ordem material: um dia alguém olha para sua casa, construída há anos sobre uma sólida estrutura de fundação. Essa estrutura não será jamais perdida, mas pode vir a ser ampliada com um novo alicerce; algumas janelas necessitam ser substituídas por novas e maiores, há uma ou outra parede que  deve ser derrubada para ampliar o ambiente; mesmo os cômodos que estão bem dispostos precisam de uma pintura nova, uma revitalização.

O dono da casa então toma a decisão! Aquele é seu lar, ele ama aquele ambiente, mas já não atende suas necessidades atuais, precisa reformá-lo. O desafio do proprietário, portanto, é saber reconhecer o que é fundação e não pode ser mexido, o que está em ótimo estado, o que precisa ser recuperado, arejado, substituído. Não é preciso destruir os alicerces da casa, é preciso reformá-la.

No campo da moral, ressalvadas as devidas proporções, o esforço e objetivo se assemelha: a alma tem uma fundação, um baldrame imutável, construído na sua história desde sua criação, onde se sustentaram as paredes do conhecimento que foi sendo erguido nas experiências carnais. As imperfeições, defeitos morais que possui, são as paredes a serem arrancadas, as janelas que serão substituídas. Os cômodos que não precisam ser modificados, mas revigorados através de uma pintura, são as virtudes que devem ser sempre cuidadas para não enfraquecerem.

O desafio da Reforma Íntima é um só, a persistência. É preciso persistir em manter a nossa alma em equilíbrio e este somente existe quando há virtude. Precisamos persistir no exercício da moral elevada, na prática de todas as ações que são boas, éticas, morais.

Somos os construtores de nós mesmos. Não é possível transferir para terceiros o
cuidado que devemos ter com a alma. A Reforma Íntima é a mais importante decisão que podemos tomar para alcançar o bem maior que desejamos possuir: a própria existência em clima de paz espiritual.

Jornal À Luz do Espiritismo - Grupo Espírita Nova Era, Semeando Esperança  

19/05/2011

Sem Estudo não há Espiritismo

“Espíritas! Amai-vos, esse o primeiro ensinamento;  instruí-vos, esse o segundo.”  Nesta frase o Espírito da Verdade, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, definiu os dois grandes nos quais devemos  concentrar nossos esforços: o amor e a instrução.

Ciente da importância do estudo para a compreensão de uma nova ciência, Kardec já sentia a necessidade de  “um curso regular de Espiritismo (...) com o fim de desenvolver os princípios da ciência e de propagar o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos capazes de difundir as idéias espíritas e de desenvolver um grande número de médiuns (...)”

 Na introdução de O Livro dos Espíritos, há o alerta “que o estudo de uma doutrina, qual a doutrina espírita, que nos lança de súbito numa ordem de coisas tão nova quanto grande, só pode ser feito com utilidade por homens sérios, perseverantes, livres de prevenções e animados de forme e sincera vontade de chegar a um resultado (...) 

O que caracteriza um estudo sério é a continuidade que se lhe dá (...) Quem deseje tornar-se versado numa ciência tem que estudar metodicamente, começando pelo princípio e acompanhando o encadeamento e o desenvolvimento das ideias. Que adiantará aquele que, ao acaso, dirigir a um sábio perguntas acerca de uma ciência cujas primeiras palavras ignore? Poderá o próprio sábio, por maior que seja a sua boa vontade, dar-lhe resposta satisfatória? A resposta isolada que der, será forçosamente incompleta e quase sempre por isso mesmo, ininteligível, ou parecerá absurda e contraditória. 

O mesmo ocorre em nossas relações com os Espíritos. Quem quiser com eles instruir-se tem que com eles fazer um curso; mas exatamente como se procede entre nós, deverá escolher seus professores e trabalhar com assiduidade”.

Matéria extraída do site: http://genovaera.webs.com/jornalluzdoespiritismo.htm
Do Jornal  À Luz do Espiritismo

Renovando Atitudes, pelo espírito Hammed

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Quem são os regenerados?


Os mundos regeneradores servem de transição entre os mundos de expiação e os mundos felizes, a alma que se arrepende neles encontra a calma e o repouso, acabando de se depurar. Sem dúvida, nesses mundos, o homem está ainda sujeito às leis que regem a matéria...
(ESE, capítulo 3, item 17)


Regenerados são todos aqueles que aprenderam a compartilhar deste mundo, contribuindo sempre para a sua manutenção e continuação, e que ao mesmo tempo, por perceberem que recebem à medida que doam, sustentam com êxito esse fenômeno de “trocas incessantes”. São os homens que descobriram que todos estamos ligados por inúmeras formas de vida, desde o micro ao macrocosmo, e que os ciclos da natureza é que vitalizam igualmente plantas, animais e eles próprios. Portanto, respeitam, cooperam e produzem, não pensando somente em si mesmos, mas na coletividade.

Sabem que ao mesmo tempo, sozinhos ou juntos, somos todos viajantes nas estradas da vida universal, em busca de crescimento e perfeição.

Voltaram-se para si mesmos e descortinaram a presença divina em sua intimidade e, em vista disso, agora não buscam somente a exterioridade da vida, mas a abundância da vida íntima, fazendo quase sempre uma jornada cósmica para dentro do seu universo interior, na intimidade da própria alma.

Regenerados são os seres humanos que notaram que não podem modificar o mundo dos outros, mas apenas o seu próprio mundo. Que os indivíduos, lugares e ambientes não podem ser mudados, e que as únicas coisas que podem e devem ser alteradas são suas atitudes pessoais, reações e atos relacionados a esses mesmos indivíduos, lugares e ambientes de sua vida.


Conseguiram angariar sabedoria em decorrência das vivências anteriores. Diferenciam o que lhes cabe fazer e, por conseguinte, o que são deveres dos outros. Só fazem, portanto, auto-julgamento, deixando a cada um realizar sua própria avaliação.

Na realidade, trazem certas competências e destrezas alicerçadas no poder de observação, por já possuírem uma considerável “coleta de dados”. São consideradas criaturas sábias, por seus constantes “insights”, isto é, compreensões súbitas diante de decisões e resoluções da vida.

São homens que adquiriram a habilidade de resolver suas dificuldades com recursos novos e criativos, usando maneiras inovadoras de solucionar os acontecimentos do cotidiano.

Reconhecem que a vida é uma sucessão de ocorrências interdependentes, por possuírem a capacidade de observar as relações existenciais. Sempre lançam mão dos fatos passados e os entrelaçam aos atuais, chegando à profunda compreensão das situações e de seus problemas.

Descortinaram horizontes novos, porque reservaram no dia-a-dia algum tempo para se conhecer melhor, anotando idéias e sensações a fim de esclarecer para si próprios o porquê de sentimentos desconexos, emoções varíáveis e ações contraditórias, visto que tal conhecimento os ajudará a viver de forma mais serena e previsível.

Obtiveram transformações íntimas, surpreendentes, pois conseguiram se ver como realmente são.

Retiram máscaras, que inicialmente lhes davam um certo conforto e segurança, já que depois, eles mesmos reconheceram que elas os aprisionavam por entre grilhões e opressões.


Aprenderam que não vale a pena representar inúmeros papéis, como se a vida fosse um grande teatro, mas sobretudo assumir sua própria missão na Terra, porque constataram que cada um tem uma quota própria de contribuição perante a Criação, e que não nasce no Planeta nenhuma criatura cuja tarefa não tenha sido predeterminada.

Regenerados são os reabilitados à luz das verdades eternas. Adotaram Jesus como o “Sábio dos Sábios” e, por seguirem Seus passos, fazem sempre o seu melhor. Reconheceram que o erro nunca será motivo de abatimento e paralisação e sim de estímulo ao aprendizado. Por isso, seguem adiante, pacientes consigo mesmos e com os outros, ganhando cada vez mais autonomia e discernimento ante as leis de amor que regem o Universo.


Publicado na comunidade Espiritismo & Espiritualidade do Orkut.
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